Acompanhado por vários apoiantes no distrito, nomeadamente o coordenador da União dos Sindicatos de Braga e mandatário distrital da candidatura, Joaquim Daniel, Edgar Silva pôde contactar com a realidade da região e com várias das suas forças vivas. 
De manhã, numa visita à empresa têxtil Barcelcom, em Barcelos, o candidato apoiado pelo PCP às eleições presidenciais tomou contacto com as potencialidades da empresa e do sector, e ouviu preocupações relativas ao custo da energia e dos transportes, que criam dificuldades ao desenvolvimento da sua actividade.
Seguiu-se, em Braga, o contacto com os trabalhadores do Complexo Industrial Grundig, onde Edgar Silva reafirmou o seu compromisso com as aspirações e os direitos dos trabalhadores, intrinsecamente ligados à Constituição da República (CR) e aos valores de Abril, e centrais na candidatura que apresenta.
Já na Universidade do Minho, o candidato reuniu-se com representantes de associações académicas e de estudantes do Ensino Superior de todo o País, num encontro onde ficaram patentes as suas preocupações. Por seu lado, Edgar Silva reiterou o seu compromisso com a CR e denunciou o caminho de desinvestimento no Ensino Superior seguido nos últimos anos, que muito se desviou da tendência de gratuitidade a que todos os graus de Ensino deveriam estar ditados.

Um tempo de progresso

Em Guimarães, o candidato comunista era aguardado por um auditório cheio na Fraterna – Centro Comunitário de Solidariedade e Integração Social. Ao referir-se à demora do actual Presidente da República (PR) em indigitar um governo que reúne o acordo de uma maioria na Assembleia da República, na sequência das eleições de 4 de Outubro, Edgar Silva afirmou que os últimos dias significaram um «prolongamento injustificado de uma posição inadiável»; disse também esperar que «este tempo que aí vem possa corresponder a respostas concretas a graves problemas dos trabalhadores e do povo».Caracterizando o momento político presente como «tempo para um tempo novo», de progresso e desenvolvimento, o candidato presidencial acrescentou que esta altura de «esperança e confiança» requer, simultaneamente, uma «grande lucidez», uma mobilização geral em torno da conquista e defesa de direitos, e não a atitude de «quem fica à espera».

Valores de Abril

No final do dia dedicado ao distrito de Braga, Edgar Silva juntou-se a cerca de duas centenas de apoiantes num jantar em Vila Nova de Famalicão, onde reafirmou que a sua candidatura, apoiada pelo PCP, é única e indispensável. O candidato comunista falou do que considera ser «a marca identitária, a impressão digital desta candidatura, que é afirmar os valores de Abril e cumprir a Constituição».
Por outro lado, Edgar Silva salientou que não basta a um PR «conhecer a CR de trás para a frente, ter sido professor de Direito Constitucional ou jurar sobre ela». Para o candidato madeirense, «é preciso que o PR esteja comprometido com esta Constituição, e não com outra, sem qualquer tipo de reserva mental ou objecções de consciência», sublinhando que esta candidatura é a única que defende Abril e o seu património.